No primeiro semestre de 2024 foram criadas em Portugal 27 263 novas empresas. Estes números representam um recuo na constituição de empresas de 3,0% (-844 constituições) face ao período homólogo de 2023, uma tendência que se verificou nos dois trimestres deste ano.
Depois do aumento acentuado nos últimos anos, a atividade do Transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros cai pelo 7º mês consecutivo, sendo responsável por grande parte da descida do semestre (-899; -32% constituições de empresas).
Também responsável por muitas das novas empresas em períodos recentes, o empreendedorismo no setor das Atividades imobiliárias está em queda há 4 semestres consecutivos, com menos 179 constituições de empresas (-6,7% constituições) do que no período homólogo.
A Construção de edifícios (residenciais e não residenciais) é a atividade com o maior número de constituições de novas empresas no semestre (2 049 constituições de empresas), registando igualmente o maior crescimento face ao semestre homologo (+188; +10% constituições de empresas).
Além da Construção (+258; +8,3% constituições), os setores dos Serviços gerais (+118; +3,0% constituições), Tecnologias da informação e comunicação (+85; +5,1% constituições) e Retalho (+77; +3,1% constituições) contrariam também a tendência geral e registam um aumento no número de constituições de empresas.

Insolvências aumentam 11% no primeiro semestre
1 074 empresas iniciaram um processo de insolvência no primeiro semestre de 2024, o que corresponde a um aumento de 11% face ao primeiro semestre do ano anterior (+110 processos de insolvência).
Este aumento não é transversal a todos os setores, estando maioritariamente concentrado nas Indústrias de Têxtil e Moda. No acumulado do semestre, este subsetor registou 196 empresas em insolvência (+110; +128% processos de insolvência), destacando-se a Fabricação de calçado (+58; +414% processos de insolvência) e a Confeção de outro vestuário exterior em série (+31; +78% processos de insolvência). As insolvências desta atividade verificaram-se maioritariamente nos concelhos de Guimarães e Felgueiras.
Encerramentos aumentam ligeiramente nos últimos 12 meses
No primeiro semestre de 2024, encerraram 6 022 empresas, menos 5,3% que no semestre homólogo, sendo que à data de hoje ainda existem publicações a ser efetuadas pelo Registo Comercial.
No acumulado dos últimos 12 meses, o número de encerramentos aumentou ligeiramente 0,9% (+137 encerramentos) face aos 12 meses anteriores, atingindo um total de 15 020.
A atividade do Transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros é, também nos encerramentos, a principal responsável pelo aumento dos últimos 12 meses, registando neste período 477 encerramentos, o que corresponde a um aumento de 41% face aos 12 meses anteriores (+139 encerramentos). A nível dos setores, e ainda a 12 meses, destacam-se o aumento do número de encerramentos de empresas nos Serviços empresariais (+9,0%; +192 encerramentos) e no Alojamento e restauração (+4,7%; +78 encerramentos).
Nota sobre insolvências
Entidades com processos de insolvência iniciados no período considerado, com publicação no portal Citius do Ministério da Justiça. O Barómetro Informa D&B considera os processos de insolvência de pessoas coletivas. Este Barómetro não analisa os processos de insolvência de empresários em nome individual, de profissionais liberais ou de particulares.
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